Professora: Anita Aparecida Martins
Indicado para: lº e 2º Ano
Imagens do projeto Dia das Bruxas
INTRODUÇÃO
A Festa do Halloween teve origem entre o povo Celta e tem mais de 2500 anos. Foi
levada pelos imigrantes irlandeses que fugiam da fome. Esses povos creditavam que
nesse dia os espíritos saíam dos semitérios para se apossarem dos corpos das
pessoas e estas, “possuídas”, andavam pelas ruas assustando quem encontrassem
pela frente, causando verdadeiro caus na cidade.
Hoje é celebrada no dia 31 de Outubro em vários países do mundo. As pessoas se
vestem de fantasmas, monstros, e enfeitam o local com imagens assustadoras como:
caveiras, abóboras iluminadas(Jack-o-Lantern), bruxas, velas coloridas, morcegos
entre outros. As crianças fantasiadas, saem em grupos pelas ruas batendo nas casas e
dizendo “Trick or Treat” (Gostosuras ou Travessuras?). As pessoas abrem as portas e
oferecem doces e balas num gesto de carinho.
Muitas pessoas no Brasil acham que não devemos falar ou enaltecer o “Halloween”,
uma vez que já temos nossos personagens folclóricos, nossas crendices e nossos
costumes. Muitos até instituem o dia 31 de Outubro como “O dia do Saci”. Devemos
trabalhar o folclore com nossos alunos, pois é a nossa cultura, mais nada nos impede
de conhecermos um pouco da cultura americana, italiana, francesa ou de outros
países. Quanto mais conhecimento o ser humano adquire, melhor para ele. Hoje as
Festas de Halloween são animadas, coloridas, com muita música, muitos doces, muitas
fantasias e muita alegria.
* Oportunizar os alunos a conhecer um pouco mais do folclore americano favorecendo a
integração entre comunidade interna e externa num clima de curtição e muita diversão.
* Levar os alunos a pesquisarem sobre a história do Halloween;
* Levar o aluno a comparar a festa do Halloween com o folclore brasileiro;
* Levar os alunos a pesquisarem as cores, símbolos e significados;
* Instigar os alunos a pesquisarem sobre as tradições na noite de Halloween;
* Movimentar os alunos a planejarem uma festa de Halloween;
* Aguçar a criatividade dos alunos através de vídeos e sites relacionados;
* Instigar a participação dos alunos com fantasias;
AÇÕES
* Pesquisa sobre a História do Halloween;
* Discussão e reflexão sobre a relação entre a celebração do Halloween e o folclore
brasileiro;
* Pesquisa sobre as cores, símbolos e significados;
* Praticar a tradição “Trick or Treat”;
* Montar uma festa de Halloween;
* Navegar pelo site Portal do Porfessor;
* Confeccionar máscaras, maquiagens e fantasias;
* Pesquisar sobre a Ilha das Bruxas (Florianópolis) através da arte de Franklin Joaquim Cascaes.
METODOLOGIA
Orientarei os alunos a pesquisarem pela a origem e história do Halloween em
sites da web comparando a maneira como essa festa era comemorada nos tempos
antigos e na atualidade. Logo após, faremos uma síntese das informações
descobertas, pelas quais os instigarei a refletirem sobre a importância do Halloween
para a cultura Americana e sua relação com folclore Brasileiro. Assim, conhecendo um
pouco mais sobre a história do Halloween, pedirei para que pesquisem sobre as
tradições na noite de Halloween, cores utilizadas na decoração dessa festa, assim
como os símbolos e seus respectivos significados. No intuito de vivenciarmos a
tradição do “Trick or Treat” (Gostosura ou Travessura), organizarei com os alunos do 1º
ano uma visita ao comércio da cidade dizendo “Gostosuras ou Travesuras” a
fim de arrecadarmos doces para as crianças. Como manda a tradição, caso a pessoa
opte por gostosura, poderá dar doces, balas, bolos ou maçãs, não ficando com a
primeira opção, a pessoa receberá uma travessura. Aproveitando a oportunidade,
iremos até a rádio onde farei uma pequena explanação do que é o Halloween afim de
explicar o porquê de nossa brincadeira. Com base no conhecimento adquirido durante
todo o processo de pesquisas e descobertas, em grupo, organizaremos uma festa em
nossa escola. Para a decoração, utilizaremos papéis, TNTs, EVAs e balões nas cores
típicas: roxo, laranja e preto. No intuito de aguçar a criatividade dos alunos na
confecção dos enfeites para a decoração, juntos, navegaremos pelo site portal do
professor em uma aula sobre o Halloween, que nos possibilitará a nos adentrar por
links de sites contendo vídeos de decoração, maquiagens, fantasias, comidas típicas,
brincadeiras e muito mais. Para que todos participem do processo de decoração,
distribuirei as tarefas entre as salas. A decoração será feita por todo o corredor e a
quadra da escola. No corredor será decorado os murais, o teto e algumas mesas com
abóboras. Na quadra, será feita uma estrutura envolvida com lonas que funcionará
como uma discoteca, decorada com os mais variados enfeites, entre eles, arcos com
balões, fantasmas, aranhas, morcegos, gatos pretos, teias, etc...
A culminância será no com os alunos que poderão ir além da imaginação usando a
criatividade na elaboração dos mais variados tipos de fantasias e curtir a discoteca
num astral animado e de muita diversão. Durante a festa, serão sorteados brindes
confeccionados pelos próprios alunos aos que se fizeram presentes fantasiados. Aos
pequeninos será distribuídos as gostosuras que serão adquiridas na brincadeira do
“Trick or Treat”.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados no decorrer do projeto de forma contínua e sistemática
observando o interesse e a participação individual e coletiva.
AS BRUXAS DA ILHA DE SANTA CATARINA / FLORIANÓPOLIS
Dom João V, rei de Portugal, determinou em 1747, a transferência de 4.000 portugueses, oriundos das Ilhas de Açores e Madeira para as províncias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em 1748, começaram a chegar, na Ilha de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em Santa Catarina, os primeiros casais e desertores. Entre esses desertores, havia algumas mulheres que foram afastadas de Portugal acusadas de feitiçaria.
Assim sendo, os moradores da Ilha dos Açores trouxeram suas crenças, seus costumes, suas tradições e suas bruxas.
| Aqui, na Ilha de Santa Catarina, elas voltaram às suas atividades como curandeiras, parteiras e conselheiras, sendo a partir de então conhecidas como benzedeiras. E a palavra bruxa ou feiticeira foi transferida para aquelas mulheres, vivas ou mortas, que realizavam magia negra e encantamentos para o mal. Tal mudança de definição, de bruxa para benzedeira, deu-se por conta da deturpação que a palavra bruxa ou feiticeira sofreu pela Inquisição. Ser bruxa era sinal de conexão diabólica, era ser responsável por todas as desgraças e dificuldades existentes na vida cotidiana do povo. Relatos sobre bruxas e benzedeiras são freqüentes nos antigos vilarejos da Capital, principalmente na Lagoa da Conceição, povoado que foi fundado em 1750, com o nome de Nossa Senhora da Conceição. Porém, a verdadeira bruxa, ou se preferir benzedeira, é aquela que tem conhecimento sobre todas as energias que nos envolvem e sabe utilizá-las para melhorar a vida física, mental e espiritual. A bruxaria, ou seja, a Antiga Religião, é uma filosofia de vida onde predomina o amor, o respeito por todas as formas de vida e onde utiliza-se as forças da natureza e da energia cósmica para efetuar curas e ritos de harmonização. Pelo interior da ilha, principalmente nas comunidades da Lagoa da Conceição e do Ribeirão da Ilha, ainda podemos ouvir "causos" dos pescadores vítimas das bruxas, e das mães cujos filhos embruxados foram salvos pela benzedeira. Para espantar uma bruxa, a benzedeira da Ilha, junto com seus galhos de ervas, reza a seguinte oração:
"Treze raio tem o sóli, treze raio tem a lua,
Sarta diabo pró inferno questa alma não é tua. Tosca marosca, rabo de rosca,Vassoura na tua mão, relho na tua bunda e aguilhão nos teus pés. Pôr riba do silvado e pôr baixo do tehiado! São Pedro, São Paulo e São Fontista Por riba da casa, São João Batista. Bruxa tatara-bruxa, Tu não me entre nesta casa nem nesta comarca toda. Pôr todos os santos dos santos. Amém!".
Marina Guadalupe Beims Autora do livro
"Wicca e outras tradições" | ||||
